Translate

Deuses Egípcios


Deuses Egípcios

Os Deuses Egípcios são divindades que fazem parte da mitologia do Egito Antigo. Essas divindades eram onipresentes e metamórficas que influenciavam os elementos e controlavam a natureza.
O culto mais conhecido era o de Ísis e Osíris. Os egípcios acreditavam que eles tenham povoado todo o Egito, bem como instruído os camponeses com as técnicas de agricultura.

Religião no Egito Antigo
No Egito Antigo a religião era politeísta, isso significa que os egípcios cultuavam diversos deuses, com papéis e características variadas. Eles eram cultuados em todo o Egito e também fora dele, chegando alguns até a Europa.
Os deuses egípcios têm muito em comum com os homens: podem nascer, envelhecer, morrer; além de possuírem um nome, sentimentos e corpo que deve ser alimentado.
No entanto, estes aspectos muito humanos escondem uma natureza excepcional: seu corpo, composto de matérias preciosas, é dotado de um poder de transformação e suas lágrimas podem dar nascimento a seres ou minerais.
Existem aspectos destes deuses em várias combinações: totalmente humanas, inteiramente animais, com corpo de homem e cabeça de animal, com o animal inteiro no lugar da cabeça (o escaravelho, por exemplo) ou com cabeça humana.
Interessante notar que haviam guerras entre as cidades egípcias as quais possuíam deuses rivais.

Principais deuses egípcios e seus significados
Rá-Atum

Rá (do português Ré) é o Deus Egípcio do Sol sendo a principal divindade da religião egípcia. O culto ao Deus Sol foi muito próspero no Egito, sendo a principal forma de adoração e um culto oficial por cerca de vinte séculos.
As divindades geralmente estão ligados a fenômenos da natureza, e, em função da luz no cultivo dos alimentos, os antigos egípcios atribuíram a Rá grande importância.
Além de ser a divindade central do panteão egípcio, Rá é também um deus primordial e criador dos deuses e da ordem divina, junto de sua esposa, a Deusa Ret (cujo nome é a versão feminina do nome Ré e pode ser a mesma divindade) originaram a genealogia: Shu e Tefnut, Geb e Nut, Osíris, Seth, Ísis e Néftis.
Ao longo do tempo, esta divindade foi associado a outros deuses, como Hórus, Sobek (Sobek-Ré), Amon (Amon-Ré) e Khnum (Khnum-Ré) e sua existência está intimamente ligada à realeza, pois Rá teria vivido em Heliópolis e regido o Egito antes mesmo das dinastias históricas, das quais os faraós seriam seus descendentes.

Representação de Rá
Rá, o Deus do Sol era representado comumente pelo o sol do meio-dia e possuía o obelisco como insígnia, o qual era considerado um raio do sol petrificado. Na sua forma animal, poderia transmutar-se em falcão, leão, gato, ou no pássaro Benu.
Note que o Deus Sol possuía quatro fases: a primeira ao nascer do sol, a segunda ao meio-dia, a terceira ao pôr-do-sol e a quarta fase durante a noite. Contudo, a principal fase é a do meio-dia, quando ele é representado por uma ave, comumente o falcão.
Rá e a Criação
Segundo a mitologia egípcia, todas as formas de vida foram criadas por Rá, ao pronunciar seus nomes secretos.
Outras versões também afirmam que os seres humanos teríamos sido criados a partir das lágrimas e suor de Rá, o qual ficara tão esgotado pelo trabalho da criação que lhe fora atribuído por seu pai Nun, que chorou, e de suas lágrimas abrolharam o homem e a mulher.
Os Sincretismos de Rá
A cidade de Lunu era o centro do culto a Rá, localizada ao norte do país. Mais tarde os gregos denominaram aquela cidade como Heliópolis ("cidade do sol") e lá reinava o deus solar local, Atum, daí a fusão Atum-Rá.
Vale destacar que Heliópolis foi um grande centro comercial do Baixo Egito e seus sacerdotes possuíam grande prestígio, o que levou os faraós de Tebas a adotarem Amon como deus supremo.
Surge então, uma nova fusão, desta vez denominada Amon-Rá, protetor dos faraós. Assim, o deus Amon se tornou a divindade de destaque do panteão, pois a superposição Amon-Rá significa, basicamente, culto ao sol (Amon = culto e Rá = sol).
Outro sincretismo muito conhecido é o de Rá e Hórus, o qual pode ser visto nas representações associadas ao falcão ou ao gavião, posto que, ao ser figurado com uma cabeça de falcão, era estabelecida uma identidade com Hórus, outro deus solar idolatrado em períodos mais remotos no Egito.
Osíris
Osíris é o deus do julgamento, do além e da vegetação, sendo considerado um dos mais importantes e populares da mitologia egípcia.
Os cultos a Osíris eram muito comuns e são registrados a partir de 2400 a.C. Por esse motivo, diversos templos foram erigidos em sua homenagem.
Essas celebrações ocorriam anualmente por volta de 2000 a.C. as quais eram promovidas em festivais e marcavam todo o ciclo da vida, do nascimento, da morte, do renascimento, além da benção da fertilidade.
Simbologia
Também chamado de Usir ou Ausar, Osíris está relacionado com a vida no além pois à ele foi atribuído o trabalho de julgar os mortos.
Para isso, o rei da ressurreição pesava o coração de cada um. Esse processo era chamado de "psicostasia" e acontecia na "sala das duas verdades". Assim, segundo o resultado obtido, ele decidia o destino das pessoas.
Ele também é cultuado como deus da agricultura porque esse processo também implica na morte e renascimento da vida.
Após a colheita, os campos experimentam o vazio até que sejam novamente semeados para produzir novamente.
Osíris, portanto, simboliza o renascimento, a ressurreição, a justiça e a fertilidade.
Representação de Osíris


A representação de Osíris é de um rei mumificado com barba e a cabeça adornada com uma coroa. A pele é esverdeada ou preta, como forma de indicar que está, de fato, morto.

Suas figuras, datadas do Novo Reino, período entre 1539 a 1075 a.C., o revelam de braços sobre o peito e segurando em cada uma das mãos um cajado e um açoite.
História de Osíris
Osíris era filho de Geb, deus da terra, e de Nut, deusa do céu e a mãe dos deuses. Ele tinha três irmãos: Set, deus da guerra, da violência e do caos; Néftis, deusa do morte; e Ísis, deusa do amor, da natureza e da magia.
Set casou-se com sua irmã Néftis e Osíris com sua irmã Ísis. O papel de Osíris foi o de governar o império antigo, já seu irmão ficou encarregado de governar o deserto. Decerto, isso causou incômodo em Set que passa a ter muita inveja de seu irmão.
Diante disso, Set prepara uma armadilha para matar Osíris. Ao conseguir prendê-lo num sarcófago, ele foi atirado ao rio Nilo.
Ciente do ocorrido, Ísis fica desesperada e vai atrás do corpo do marido, para enterra-lo com dignidade.
Com receio de que sua irmã encontrasse o corpo, Set o dividiu em 14 pedaços e distribui as partes do cadáver de Osíris pelo Egito.
Com a ajuda de sua irmã Néftis, a deusa Ísis desenterrou todos os pedaços, menos o falo (pênis) que fora substituído por um caule vegetal. Após o ocorrido, ele é mumificado e Ísis se transforma numa ave, que tem o poder de ressuscitar Osíris.
Pelo união sexual de ambos, Ísis deu vida ao filho, Hórus, deus do sol nascente, que vingou a morte de seu pai matando seu tio Set.
Assim, Hórus passa a governar o Egito, e Osíris, que foi ressuscitado, passa a viver e governar o submundo. Ali, ele ficou responsável por julgar as pessoas pesando seus corações.
Deus Hórus
O deus Hórus é o deus solar dos céus e um dos mais importantes da mitologia egípcia. A imagem de Hórus está associada ao firmamento, e portanto, ele representa a luz, o poder e a realeza.
A partir de 2200 a.C., Hórus é elevado a símbolo do Egito unificado quando vence seu tio numa das batalhas, e o faraó, o rei egípcio, passa a ser tratado como sua encarnação.
Esse deus adorado pelos egípcios é conhecido por vários nomes, os quais mudam conforme os locais de culto. Os mais usados são: Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr, Hor-Hekenu ou Ra-Hoor-Khuit. 
Representação do deus Hórus


O deus Hórus possui corpo de homem e cabeça de falcão. No entanto, em algumas representações ele tem asas de gavião e, ao invés de uma coroa em forma cônica, em sua cabeça há um disco solar. Na mão esquerda, ele carrega uma chave que simboliza a vida e a morte.
Hórus foi cultuado mesmo antes do período dinástico no Egito. Após o início do período dinástico, sua forma é fundida com a de um ser humano. A partir desse momento, ele passa a ser representado com o corpo de homem e a cabeça de falcão. Isso porque esse animal, adorado pelos egípcios, possui uma visão muito poderosa.
História
Filho dos irmãos Ísis e Osíris, Hórus foi concebido quando seu pai já estava morto e mumificado. Porém, ele foi ressuscitado por sua mãe, que se transformou num pássaro com poderes.
Seu pai era o deus da vegetação, do além e do julgamento, enquanto sua mãe, a deusa da natureza, da fertilidade e da magia. Antes de seu nascimento, seu pai foi assassinado pelo seu tio Set, deus do caos, que o invejava. Isso porque Osíris governava as terras do Egito e seu irmão, o deserto.
Insatisfeito com isso, Set planeja matar Osíris, e com o sumiço do deus, sua irmã-esposa vai atrás de seu amado. Com medo de que ela encontrasse seu corpo, Set o corta em 14 pedaços e espalha-os pelo Egito.
Determinada a oferecer um enterro digno a seu amado, Ísis percorre todo o Egito e junta 13 pedaços. Entretanto, não encontra o falo (pênis), que fora substituído por um caule vegetal.
Após mumificarem o corpo de Osíris, Ísis se transforma num milhafre, uma ave que lhe concede poderes. Assim, ela consegue copular com seu amado e dessa união surge Hórus.
Quando cresceu, Hórus jurou vingar a morte de seu pai travando diversas batalhas com seu tio que, por fim, foi destronado e morto por seu sobrinho. Após esse episódio, ele tornou-se o governante supremo do Egito sendo responsável por unir o Baixo-Egito e o Alto-Egito.
Em uma das batalhas, contudo, Hórus perdeu visão de um dos olhos. Esse episódio passou a ser usado para explicar que o órgão ferido era, na verdade, a Lua.
Hórus casou-se com Hathor, deusa das festas, do vinho, da alegria e guardiã das mulheres e protetora dos amantes. Ela é representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.

Representação do olho de Hórus
O olho de Hórus, também chamado de Udyat, é um amuleto que fora usado desde os tempos antigos. Para o egípcios, o olho era o espelho da alma e quem carregasse esse símbolo estava livre do mau olhado.
O olho de Hórus, perdido numa batalha contra seu tio, simboliza o bem que venceu o mal. Por esse motivo, esse talismã representa a luz, a sorte, a prosperidade, a saúde e a força.
Reza a lenda que o poder de Hórus estava distribuído nos dois olhos. Assim, o olho direito representaria o Sol, já o olho esquerdo, a Lua. Nessa perspectiva, o Sol simbolizava o poder e a essência, enquanto a Lua simbolizava a cura.
Atualmente, essa figura que simboliza poder e proteção, é muito escolhida pelas pessoas que querem fazer uma tatuagem.
Anúbis, também chamado de Anupo, é o deus egípcio protetor, guardião e guia dos mortos. Na mitologia egípcia, ele auxilia os mortos no encontro com Osíris.
Para isso, é associado ao olho de Hórus e também apontado como o deus dos ritos funerários, como o processo de mumificação dos faraós.
Note que na mitologia grega, Anúbis é associado a Hermes, o mensageiro dos deuses.
Anúbis


Representado com a cabeça de chacal e corpo de homem, o culto a Anúbis teria começado entre os anos 3100 a.C. e 2686 a.C., na época da primeira dinastia do Egito. Na mão direita ele segura um cetro e na esquerda a chave que representa a vida e a morte. Além disso, Anúbis tem como símbolo o chicote que ele carrega junto ao seu corpo.
Essa representação seria explicada porque naquele momento da história, os mortos eram enterrados em covas rasas. Assim, para evitar a ação de saqueadores, cães e chacais eram usados como protetores.
História
Alguns mitos indicam que Anúbis era filho de Osíris com Néftis e foi deus do submundo. O posto foi assumido depois por Osíris, e Anúbis, em respeito ao pai, não voltou a retomá-lo.
Caberia a Anúbis a organização dos ritos funerários. O primeiro a ser submetido foi Osíris, cujo cadáver foi embalsamado para preservação, após ser assassinado por Set.
Nessa versão, Osíris juntou-se com sua irmã Néftis e com ela teve um filho: Anúbis. Enciumado pela quantidade de terras que Osíris governava no Egito, seu irmão Set resolve matá-lo.
No entanto, sua outra esposa-irmã, Ísis, o ressuscita e com a ajuda de Néftis e Anúbis embalsamam o corpo de Osíris. Após ser ressuscitado por Ísis, Osíris passa a viver no submundo. Ali, ele fica encarregado de pesar o coração dos mortos e decidir seu destino.
Anúbis, por sua vez, ficou encarregado de preparar o ritual de morte e embalsamar os corpos. Além disso, ele ficou responsável por guiar a alma dos mortos. Ele possuía alguns sacerdotes que o ajudavam a embalsamar os corpos. Nesses rituais, seus auxiliares utilizavam máscaras de chacais.
Depois de mumificado, o coração do morto era entregue a Anúbis, e da mesma forma que seu pai, ele pesava cada um.
Reza a lenda que, nesse processo ele usava a chamada "pena da verdade". Se o órgão fosse mais pesado que o objeto, ele era levado para ser devorado por Ammit, o deus leão. Isso porque esse coração mais pesado que a pena estava cheio de maldade.

Se o coração fosse mais leve, certamente ele estava repleto de bondade. Por conseguinte, ele era guiado por Anúbis até o mundo do além, onde governava seu pai, Osíris.
Anúbis casou-se com a deusa do funerais, Anput e com ela teve uma filha Kebechet, associada ao líquido utilizado para embalsamar os corpos.

Ísis

A deusa Isis
Ísis (em egípcio: Auset) foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes.Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.
Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia egípcia. A deusa Ísis, mãe de Horus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão, Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth.Este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.
Ísis também foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na Era Cristã.
Irmã-esposa de Osíris
No Império Antigo, da III à VI dinastia egípcia, entre 2686 a.C. e 2134 a.C., os panteões das cidades egípcias variaram de região para região. Durante a V dinastia, Ísis pertenceu à Enéade da cidade de Heliópolis. Acreditava-se então que ela era filha de Nut e Geb, e irmã de Osíris, Néftis e Seth. As duas irmãs, Ísis e Néftis, muitas vezes eram representadas nos sarcófagos com grandes asas esticadas, como protetoras contra a maldade. Como deidade funerária, Ísis foi associada a Osíris, senhor do submundo (Duat), e foi considerada sua esposa.
A mitologia tardia (ultimamente em resultado da substituição de um outro deus do submundo, Anúbis, quando o culto de Osíris ganhou mais importância) fala-nos do nascimento de Anúbis. A narrativa descreve que, como Seth negava um filho a Néftis, esta então disfarçou-se como Ísis, muito mais atraente, para seduzi-lo. O plano falhou, mas Osíris passou a achar Néftis muito atraente, pensando que ela era Ísis. Eles copularam, o que resultou no "nascimento" de Anúbis. Em outra narrativa, Néftis deliberadamente assumiu a forma de Ísis, a fim de enganar Osíris e assim obter dele a paternidade de seu filho. Com medo das represálias de Seth, Néftis persuadiu Ísis a adoptar Anubis, de modo a que a criança não viesse a ser descoberta e morta. Essa narrativa explica tanto porque Anúbis é visto como uma divindade do submundo (uma vez que se torna filho de Osíris), quanto porque não poderia herdar a posição de Osíris (uma vez que não era um herdeiro legítimo), preservando posição de Osíris como Senhor do submundo. Deve ser lembrado, no entanto, que este novo mito foi apenas uma criação posterior do culto de Osíris que queria retratar Seth em um papel de maldade, como inimigo de Osíris.
Em outro mito de Osíris, Seth preparou um banquete para Osíris apresentando uma bela caixa e declarando que, quem coubesse perfeitamente nela, poderia ficar com ela como um presente. Ora, Seth havia medido Osíris enquanto este dormia, certificando-se assim que este era o único a caber perfeitamente na caixa. Após vários dos presentes terem tentado encaixar-se nela, chegou a vez de Osíris, que a preencheu perfeitamente. Seth então fechou a tampa da caixa, transformando-a num caixão para Osíris. Em seguida, Seth afundou a caixa fechada com Osíris nas águas do rio Nilo, que a levaram para muito longe. Assim que soube do ocorrido, Ísis foi procurar a caixa, para que Osíris pudesse ter um enterro apropriado. Foi encontrá-la na longínqua Biblos, cidade na costa da Fenícia, e trouxe-a de volta ao Egito ocultando-a em um pântano. Entretanto, naquela noite, Seth foi à caça, vindo a encontrar a caixa oculta. Enfurecido, Seth retalhou o corpo de Osíris em catorze pedaços, e os espalhou por todo o Egito, para se certificar que Ísis jamais poderia encontrá-los e dar assim um enterro adequado a Osíris.Ísis e Néftis, sua irmã, dedicaram-se então à busca dos pedaços, tendo conseguido encontrar apenas treze. Um peixe havia engolido o último, o pênis, que Ísis refez utilizando magia. Desse modo, com todas as partes reunidas do corpo morto de Osíris, ela pode conceber Hórus. O número de partes do corpo de Osíris é descrito de forma variável nas paredes de diversos templos, entre catorze e dezesseis e, ocasionalmente, em quarenta e duas, uma para cada nomo ou distrito.
Paralelos com a Virgem Maria
Alguns eruditos traçam paralelos entre a adoração de Ísis na época final do Império Romano e a adoração à Virgem Maria cristã. Quando o cristianismo começou a ganhar popularidade, difundindo-se na Europa e em todas as partes do Império, os primitivos cristãos converteram um relicário da Ísis egípcia em um para Maria e de outros modos "deliberadamente tomaram imagens do mundo pagão".
Embora a Virgem Maria não seja idolatrada pelos cristãos (é venerada tanto pelos Católicos quanto pelos Ortodoxos), o seu papel, como figura de mãe compassiva, tem paralelos com a figura de Ísis. O historiador Will Durant observou que "os primitivos Cristãos por vezes fizeram os seus cultos diante de estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus, vendo nelas uma outra forma do nobre e antigo mito pelo qual a mulher (isto é, o princípio feminino) é a criadora de todas as coisas, tornando-se por fim, a 'Mãe de Deus' ". Hórus, sob este aspecto infantil, foi denominado Harpócrates pelos antigos Gregos.

Isto é fruto da exposição dos primitivos cristãos à arte egípcia. Uma pesquisa com "os vinte principais Egiptólogos", conduzida pelo Dr. W. Ward Gasque, um erudito cristão, revelou que todos os participantes reconheceram "que a imagem de Ísis com o bebê Hórus influiu na iconografia cristã da Virgem e o Menino", mas que não houve nenhuma outra semelhança, como por exemplo, que Hórus tenha nascido de uma virgem, que tenha tido doze seguidores,etc.
Esposa-irmã de Osíris, Ísis era protetora, piedosa e estava relacionada à magia. Com Osíris teve o filho Hórus.
Seth, o deus do caos

Seth é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de vários animais, em vez de representar somente um. Ele também é representado como um hipopótamo, considerado pelos egípcios como uma criatura destrutiva e perigosa.

Algumas versões contam que na verdade ele foi traído por Néftis com Osíris, daí seu assassinato. O maior defensor dos oprimidos e injustiçados, tinha fama de violento e perigoso, uma verdadeira ameaça. Conta-se que Set ficou com inveja de Osíris e trabalhou incessantemente para destruí-lo (versões contam que Néftis, esposa de Seth, fora seduzida por Osíris, o que seria uma ressalva. Anúbis teria sido concebido desta relação). Auxiliado por 72 conspiradores, Seth convidou Osíris para um banquete. Durante a refeição, apresentou uma magnífica caixa-sarcófago (ataúde) que prometeu entregar a quem nela coubesse. Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas ninguém cabia nesta, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris,que, convidado por ele, entra na caixa. É então que os conspiradores, sits, servos do próprio Seth trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até o mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia). Ísis, desesperada com o sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos que encontra pelo caminho. Chegando a Biblos Ísis descobre que a caixa ficou inscrustrada numa árvore que havia sido cortada para fazer uma coluna no palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.
Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejar em 14 pedaços o corpo, que espalha por todo o Egito; segundo alguns textos do período ptolomaico, teriam sido 16 ou 42 partes. Quanto ao significado destes números, deve-se referir que o 14 é o número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o 42 era o número de províncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava dividido.

Suas acções fizeram com que a maioria dos outros deuses se voltassem contra ele, mas Seth achava que seu poder era inatacável. Hórus, filho de Ísis e Osíris, conseguiu matar Seth, que acabou identificado como um deus do mal. Em algumas versões, Hórus castra Seth ao invés de matá-lo.

Nephthys
Irmã-esposa de Set e após a morte de Osíris, separou-se de seu esposo e juntou-se à sua irmã Ísis em luto.

Hathor
Deusa guardiã das mulheres e protetora dos amantes. Hathor é esposa de Hórus, representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.

Bastet
Ligada à fertilidade, Bastet é a deusa da fertilidade, sexualidade e do parto. Com cabeça de gato e corpo de humano, ela é considerada a protetora das mulheres.

Sekhmeth
Deusa com cabeça de leoa, Sekhmeth é filha de Rá e, por isso, reflete o aspecto destrutivo do Sol.

Por: Daniela Diana,rickgomes



Nenhum comentário:

Postar um comentário